Hoje o papo é livro!
À Sombra da Lua:
Edição: 1
Editora: Rocco
Ano: 2013
Páginas: 288
Sinopse: Durante o dia, Vila Socorro é apenas uma pacata cidade do interior de São Paulo, reduto da imigração italiana no Brasil. Mas, quando o sol se põe, uma criatura desconhecida aterroriza os moradores, que cobram uma solução das autoridades locais, afinal, há décadas o vilarejo sofre com mortes misteriosas, cometidas por um assassino que não deixa rastros e desafia a lógica humana. Estreia do cineasta Marcos de Britto na literatura, À sombra da lua já nasce um forte candidato a clássico do terror nacional ao explorar o mito universal do lobisomem contrapondo, numa narrativa madura e vigorosa, racionalidade e mistério.
"Os raios refletidos na Lua encontravam obstáculos nas nuvens que vieram com o entardecer. O satélite já tinha sido visto na claridade daquele dia, mas era somente após as linhas imaginárias dos trópicos permitirem a passagem da escuridão que o lado sombrio do ser humano florescia".
Este texto é livre de spoilers.
Vila Socorro é aquele pacato vilarejo do interior, onde todos se conhecem e vivem em harmonia, não fossem as misteriosas e sangrentas mortes que acontecem ao anoitecer. Álvaro, descendente de imigrantes italianos, e Alana, da alta classe da vila, vivem um amor proibido em meio a esse terror, sem perceberem as consequências de seus atos.
Explorando o mito do lobisomem em paisagens brasileiras, Marcos DeBritto poetisa em seu primeiro romance, escrevendo com grande desenvoltura e dando sua visão a um assunto já tanto debatido.
Fãs de terror e suspense irão adorar o livro, tanto pela abordagem clássica, tanto pelo sangue que jorra das páginas.
Fazendo um ajuntado de clichês, como a pequena vila aterrorizada por um monstro, personagens principais envolvidos em um triangulo amoroso, e a lenda do lobisomem, a narrativa consegue se manter consistente e atrativa, mantendo-se consistente, apesar de apoiar-se constantemente em chavões, e chegando a surpreender o leitor com algumas mudanças de rumos na história.
Apesar de ter bons protagonistas e antagonistas, não há personagens tão cativantes. Uma pena, já que histórias como essa, em que não há como saber quem é a próxima vítima, sempre pedem bons personagens, que deixam o leitor apreensivo, com medo dos destinos que os aguardam.
Como disse, a escrita do autor transcende o regular. Descreve cenários, emoções e ações com maestria, instigando os leitores assíduos. Consegue manter o equilíbrio, descrevendo os acontecimentos sem arrastar a leitura.
A edição tem uma linda (e sombria) capa com orelhas. Páginas brancas, das quais não sou muito fã. Ótima revisão e diagramação, já comum à editora Rocco.
Resumindo, um livro que explora competentemente os clichês do terror e traz para o Brasil o mito do lobisomem. Juntando isso à bela escrita de DeBritto, temos em mãos um livro que vale a pena ser lido.
Conheça mais sobre o autor:
Até mais, e obrigado pelos peixes!
"Os raios refletidos na Lua encontravam obstáculos nas nuvens que vieram com o entardecer. O satélite já tinha sido visto na claridade daquele dia, mas era somente após as linhas imaginárias dos trópicos permitirem a passagem da escuridão que o lado sombrio do ser humano florescia".
Este texto é livre de spoilers.
Vila Socorro é aquele pacato vilarejo do interior, onde todos se conhecem e vivem em harmonia, não fossem as misteriosas e sangrentas mortes que acontecem ao anoitecer. Álvaro, descendente de imigrantes italianos, e Alana, da alta classe da vila, vivem um amor proibido em meio a esse terror, sem perceberem as consequências de seus atos.
Explorando o mito do lobisomem em paisagens brasileiras, Marcos DeBritto poetisa em seu primeiro romance, escrevendo com grande desenvoltura e dando sua visão a um assunto já tanto debatido.
Fãs de terror e suspense irão adorar o livro, tanto pela abordagem clássica, tanto pelo sangue que jorra das páginas.
Fazendo um ajuntado de clichês, como a pequena vila aterrorizada por um monstro, personagens principais envolvidos em um triangulo amoroso, e a lenda do lobisomem, a narrativa consegue se manter consistente e atrativa, mantendo-se consistente, apesar de apoiar-se constantemente em chavões, e chegando a surpreender o leitor com algumas mudanças de rumos na história.
Apesar de ter bons protagonistas e antagonistas, não há personagens tão cativantes. Uma pena, já que histórias como essa, em que não há como saber quem é a próxima vítima, sempre pedem bons personagens, que deixam o leitor apreensivo, com medo dos destinos que os aguardam.
Como disse, a escrita do autor transcende o regular. Descreve cenários, emoções e ações com maestria, instigando os leitores assíduos. Consegue manter o equilíbrio, descrevendo os acontecimentos sem arrastar a leitura.
A edição tem uma linda (e sombria) capa com orelhas. Páginas brancas, das quais não sou muito fã. Ótima revisão e diagramação, já comum à editora Rocco.
Resumindo, um livro que explora competentemente os clichês do terror e traz para o Brasil o mito do lobisomem. Juntando isso à bela escrita de DeBritto, temos em mãos um livro que vale a pena ser lido.
Nota: 4 Canecas de Hidromel!
Marcos DeBritto nasceu em Florianópolis e mudou-se para São Paulo em 1998 para estudar arte cinematográfica. Formado pela FAAP, é diretor e roteirista premiado em festivais. À sombra da lua é seu primeiro romance.
Até mais, e obrigado pelos peixes!
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